Relatório aponta novo papel do professor como tendência
Estudo do NMC mostra as tecnologias emergentes e o que vai se ver na educação básica nos próximos 5 anos
As novas tecnologias e abordagens pedagógicas estão transformando o
papel do professor em sala de aula. Cada vez mais ele passa a ser um
mentor, um guia para o aprendizado dos alunos. O mais recente relatório
do NMC (New Media Consortium),
que traz seis tendências e seis tecnologias que devem se difundir na
educação básica até 2019, aponta essa mudança na atuação docente como
algo que deve acontecer entre um a dois anos a partir de agora.A justificativa do relatório para que o professor mude sua forma de atuação em tão pouco tempo vem do crescente acesso à internet por parte dos alunos. Com mais informação à disposição, os educadores deixam de ser a primeira fonte de conhecimento e se tornam ainda mais imprescindíveis no papel de orientação e mediação. Eles passam a ter que ensinar os estudantes a aprender ao longo da vida, a relacionar conteúdos pedagógicos com o mundo real e os instiga a aprofundar suas pesquisas para além da internet.
crédito Gorilla / Fotolia.com
Outra tendência apontada pelo relatório que deve se tornar predominante também no período entre um e dois anos e intimamente ligada ao novo papel do professor é a adoção de abordagens pedagógicas mais profundas. Pelo documento, estarão em alta estratégias que permitam que o aluno aplique na prática o que aprendeu, conectando os conteúdos curriculares com o mundo real. Com isso, é esperado que o estudante seja mais bem preparado para a vida após a escola, que desenvolva habilidades para resolver problemas, enfrentar desafios, trabalhar colaborativamente e de comunicação.
A médio prazo, de três a cinco anos, a expectativa é que o uso de recursos educacionais abertos (REA), livres de licenças e diretos autorais, esteja mais difundido e se torne uma opção viável para escolas com recursos limitados. E também espera-se, com o crescimento dos REA e de sua qualidade, que ele se torne uma alternativa aos materiais didáticos tradicionais. Paralelamente, aparece o aumento no uso de projetos híbridos de aprendizagem, nos quais o tempo de sala de aula é usado para aprofundar conhecimentos, desenvolver projetos e realizar atividades em grupo ou individualmente, assistidas pelo professor.
Todas essas tendências, somadas ao avanço das tecnologias intuitivas, aquelas sensíveis ao toque e ao movimento, previstas para estar presentes nas salas de aula daqui a cinco anos, vão trazer a necessidade de repensar o modelo vigente de escola. Segundo o relatório, as novas práticas e recursos pedagógicos demandam um novo modelo de ambiente de aprendizagem e de divisão do tempo que facilite a interação dos alunos com seus pares, com o professor e com as tecnologias.
E por falar em tecnologias a aposta dos especialistas é que, daqui a um ano, a computação em nuvem e o BYOD
já
estejam na rotina dos estudantes. Para um espectro de dois a três anos,
a expectativa é que o learning analytics, ou a análise da aprendizagem,
e os games/gamificação estejam sendo usados amplamente nas salas de
aula. Em quatro ou cinco anos, o que deve chegar com força, aponta o
relatório, é a internet das coisas e as tecnologias vestíveis. A
previsão do NMC é que o avanço tecnológico impacte a escola e a maneira
de ensinar e aprender, assim como tem impactado as outras esferas da
vida tanto do professor quanto do aluno.O NMC produz relatórios sobre tendências em diferentes etapas educação periodicamente. Para este estudo, 54 especialistas do mundo todo foram selecionados para analisar quais as tecnologias emergentes e seu potencial impacto sobre o ensino e aprendizagem na educação básica. Confira no infográfico a seguir as seis tendências e as seis tecnologias trazidas no documento.
Fonte: http://porvir.org/porpensar/relatorio-aponta-nov-papel-professor/20140630


Nenhum comentário:
Postar um comentário